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O impacto da educação em minha vida

· Leitura de 3 minutos
Matheus R. Brunelli

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Ontem enquanto organizava minha gaveta, me deparei com minha certidão de casamento, onde estava escrito na primeira linha:

MATHEUS RICARDO BRUNELLI, brasileiro, de profissão: Auxiliar de Produção. Ano 2018.

Meu último emprego antes de me tornar Desenvolvedor em 2019 era de Auxiliar de Produção em uma fábrica aqui da cidade. O trabalho era muito simples, porem muito desgastante, Dorflex e Torsilax (não é propaganda) faziam parte da minha intensa semana.

Tecnologia, uma realidade crescente

Certo dia a fábrica inteira parou para ouvir o anúncio dos coordenadores das faculdades da região, e foi anunciado dentre os demais cursos o curso de Sistemas para Internet, e a fala do coordenador Anderson Burnes (que eu já conhecia) foi muito convincente, pois naquele ano várias empresas estavam passando por transformações digitais, e estavam precisando de desenvolvedores qualificados, e os salários eram bem diferentes da minha realidade.

Eu trabalhava muito para conseguir sustentar a minha família (eu, esposa e os doguinhos) e mesmo assim não era suficiente, um pneu furado ou uma gripe eram suficientes para acabar com nossas economias do mês rsrs.

Educação, um investimento muito rentável

Eu sabia que o único caminho para uma mudança de vida, era através da educação. E naquele ano estudei muito para o Enem, e consegui uma Bolsa ProUni para o curso de Sistemas para Internet na UniAlfa.

Me lembro que dessa vez eu não estava apenas fazendo um curso por fazer, eu estava colocando todas minhas energias em algo que eu acreditava poder mudar minha vida.

Esforço no lugar certo

Durante os primeiros semestres, percebi que existiam muitos caminhos para seguir profissão, alguns bem confusos, e eu precisaria ter foco em algo para poder me destacar. Comecei a pesquisar por tecnologias que me ajudariam a entrar no mercado mais rápido, pois essa era minha maior motivação.

Quando obtive um mínimo de confiança nessas tecnologias, pedi demissão do meu emprego na fábrica, para que eu pudesse me dedicar aos estudos de forma integral. Minha família ficou com muito medo da minha decisão, afinal, não haviam garantias que eu conseguiria entrar na área, antes da nossa minúscula reserva financeira acabar.

Fé, foco e medo

Foram esses três elementos que me acompanharam nessa transição. Fé porque nós não enxergamos o amanhã. Foco porque o tempo é escasso. Medo porque ele funciona como uma balança, quanto mais arriscado, mais sentimos medo.

Como todo trabalhado duro traz recompensas, a minha chegou aos 45 do segundo tempo, quando só restavam algumas moedinhas no cofre. Consegui meu primeiro emprego na área, graças ao networking (vou escrever um artigo só desse cara) e ao meu esforço é claro.

Mercado aquecido

Se eu pudesse deixar um conselho para quem está começando, seria:

Estude, e faça de tudo para tentar entrar no mercado. Tenha foco, e invista seu tempo estudando o que te dará retorno.

Nem só de teoria vive o programador. Essa é uma profissão muito prática, quanto mais se exercita, mais se aprende. Os melhores exercícios são os problemas reais de uma empresa. Mesmo que ganhando pouco no começo, trabalhar com problemas reais não tem preço, essa experiência não pode ser adquirida de outra forma.

Considerações finais

Esse foi meu primeiro artigo, fiquei muito empolgado ao escrevê-lo. Se você chegou até aqui, meus agradecimentos. Espero que tenha sido útil para você.

Forte abraço, e até o próximo artigo!